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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vida na Terra

  1. Condições que permitem a existência de vida naTerra
    A Terra é o único corpo celeste em que se sabe existirem seres vivos. Segundo os cientistas são certas condições particulares do planeta que permitem a existência de vida.
    A massa e a distância da Terra ao Sol, não só criam condições de vida, mas também geram fenómenos geológicos externos e internos muito diversificados, que conduzem ao desenvolvimento de uma série de ambientes muito variados que sustentam uma enorme diversidade de formas de vida, contribuindo estas também, activamente, para a manutenção desse ambiente de vida.

    As duas características principais da Terra, que determinam as diversas condições para a existência de vida, são a sua massa moderada e a distância a que se encontra do Sol.

    É a massa da Terra, nem muito grande nem muito pequena, que lhe permite, por um lado, ter uma atmosfera, que ficou presa pela gravidade, e por outro, produzir no seu interior uma quantidade de energia que lhe permite ser um planeta com uma grande dinâmica interna, a partir da qual se geram sismos e vulcões, se formam montanhas e se movem os continentes, entre outros fenómenos geológicos.

    Às condições referidas junta-se o efeito da distância da Terra ao Sol. A distância de cerca de 150 milhões de quilómetros faz com que a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria. O nosso planeta localiza-se numa "zona de vida" do Sistema Solar onde a água pode existir no estado líquido. Esta água líquida permitiu a origem e evolução da vida e ainda é, actualmente, o garante da vida na Terra, sendo o principal constituinte dos seres vivos.

    Às condições referidas junta-se o efeito da distância da Terra ao Sol. A distância de cerca de 150 milhões de quilómetros faz com que a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria. O nosso planeta localiza-se numa "zona de vida" do Sistema Solar onde a água pode existir no estado líquido. Esta água líquida permitiu a origem e evolução da vida e ainda é, actualmente, o garante da vida na Terra, sendo o principal constituinte dos seres vivos.
    A água no estado líquido ajuda a manter a temperatura média à superfície da Terra em valores moderados, pois retira dióxido de carbono da atmosfera para a formação de rochas como o calcário.

    O dióxido de carbono, em valores moderados, faz a atmosfera funcionar como um "cobertor" mantendo o planeta relativamente quente, quer de dia quer de noite. Sem este efeito a Terra seria muito mais fria e, provavelmente, os oceanos congelariam.

    Por outro lado, se existisse tanto dióxido de carbono na nossa atmosfera como em Vénus, provavelmente a temperatura da Terra seria de centenas de ºC.

    Assim, a massa da Terra aliada à sua distância ao Sol permitem a existência de água no estado líquido e esta a manutenção de temperaturas compatíveis com a vida... a ligação entre vida e água é tão profunda que... "viemos" da água e a maior parte do nosso organismo é água. 
    Curiosidade:
    Estamos constantemente a ouvir falar do efeito de estufa como algo de perigoso e relacionado com a poluição devida à queima dos combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, que liberta grandes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera, gás que se torna responsável pelo aquecimento da Terra.

    Contudo o dióxido de carbono, em valores moderados gera um efeito de estufa ligeiro que faz a atmosfera funcionar como um "cobertor" que mantém o nosso planeta relativamente quente, o que é indispensável à vida. Trata-se, portanto, de um "bom" efeito de estufa.

    Já em Vénus, podemos observar o "mau" efeito de estufa. A maior parte da atmosfera de Vénus é formada por dióxido de carbono (CO2) – cerca de 95%, algum azoto, vapor de água e ácidos como o sulfúrico e o clorídrico.
    É tão densa e volumosa que é extremamente difícil de observar, mesmo pelas sondas espaciais aí enviadas, como a Magalhães e a Pioneer. Tanto CO2 associado à sua proximidade ao Sol gera um efeito de estufa que determina a existência de temperaturas de cerca de 500 °C junto ao solo… Irrespirável e insuportável!
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  2. 22

    Aqui trataremos de algumas curiosidades sobre o nosso planeta. Como por exemplo, as raras condições que propiciam a existência de vida em nosso planeta e também como é rara a combinações de fatores que a permitem.

De onde veio a água da terra?


Água da Terra veio do Cinturão de Asteroides, indica estudo



O Sistema Solar nasceu em uma nebulosa - e acredita-se que nossa água se formou nessas condições Foto: JPL/Nasa /  Divulgação
O Sistema Solar nasceu em uma nebulosa - e acredita-se que nossa água se formou nessas condições
Foto: JPL/Nasa / Divulgação

Muitos cientistas acreditam que a água que veio parar na Terra foi formada nos confins do Sistema Solar, além de Netuno. Contudo, um estudo divulgado nesta quinta-feira e que será publicado amanhã na Science indica que a substância veio de um região muito mais próxima - o Cinturão de Asteroides (entre Marte e Júpiter) - através de meteoritos e asteroides, o que contradiz algumas das principais teorias sobre a evolução do Sistema Solar.
Pesquisadores afirmam que nosso planeta era quente demais nos seus primórdios para ter água (temperatura seria tão alta que as moléculas teriam sido "expulsas para o espaço") e, portanto, a substância deve ter vindo de fora. Uma das hipóteses afirma que ela se formou na região transneptuniana (que fica além de Netuno, o último planeta conhecido do sistema) e depois se moveu para mais perto do Sol, junto com cometas, meteoritos e asteroides. Contudo, é possível saber a distância em que as moléculas de água se formaram em relação ao Sol ao analisar os isótopos de hidrogênio presentes. Quanto mais longe da estrela, haverá menos radiação e, portanto, mais deutério (o átomo de hidrogênio "pesado", que tem um próton, um nêutron e um elétron, ao contrário do mais comum, que tem apenas um próton e um elétron).
O novo estudo comparou a presença de deutério no gelo trazido por condritos (um tipo de meteorito) e indicou que ela foi formada muito mais próxima de nós, no Cinturão de Asteroides (esses meteoritos não contêm mais água, mas a substância fica registrada através de um tipo de mineral chamado de silicato hidratado, e é o hidrogênio presente nele que é investigado). Além disso, comparando com os isótopos de cometas, a pesquisa indica que esses corpos se formaram em regiões diferentes dos asteroides e meteoritos e, portanto, não atuaram na origem da água no nosso planeta.
"Dois modelos dinâmicos têm os cometas e os meteoritos condritos se formando na mesma região, e alguns destes objetos devem ter sido injetados na região em que a Terra se formava. Contudo, a composição da água de cometa é inconsistente com nossos dados de meteoritos condritos. O que realmente deixa apenas os asteroides como fonte da água na Terra", diz Conel Alexander, do Instituto Carnegie, líder do estudo.
Debate reacendido
Em 2011, a hipótese de que os cometas tiveram pouca importância na origem da água na Terra já estava com pouca força. Mas um estudo divulgado na revista Nature usou o telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), para descobrir que a composição do cometa Hartley 2 tem uma quantidade de deutérios similar à encontrada no oceano. Foi o primeiro cometa com essa composição, já que outros seis analisados anteriormente tinham uma quantidade de deutério muito diferente dos mares da Terra.
Contudo, o novo estudo também refuta essa possibilidade. Segundo os pesquisadores, o cometa não traz apenas água, mas também outras substâncias (inclusive orgânicas) que contêm hidrogênio. E a quantidade de deutério presente nos cometas ainda fica acima daquela observada no nosso planeta, o que impede que esses corpos sejam considerados como uma importante fonte de água.
"A recente medição do cometa Hartley 2 tem uma composição isotópica de hidrogênio parecida com a da Terra, mas nós argumentamos que todo o cometa, incluindo a matéria orgânica, é provavelmente rica demais em deutério para ser uma fonte da água da Terra", diz Alexander.
Sobram duas possíveis fontes, que devem ter atuado juntas: rochas do Cinturão de Asteroides e gases (hidrogênio e o oxigênio) que existiam na nebulosa na qual o Sistema Solar se formou. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto Carnegie (EUA), Universidade da Cidade de Nova York, Museu de História Natural de Londres e da Universidade de Alberta, no Canadá.

sábado, 11 de janeiro de 2014

A distribuição da vida na Terra.

OS SERES VIVOS
A distribuição da vida na biosfera

           A fina camada de solo, água e ar que abriga a vida em nosso planeta é chamada biosfera.
           Na biosfera encontramos ambientes muito diferentes, que vão desde os oceanos com profundidades que atingem nove mil metros até as montanhas com mais de oito mil metros de altitude. Em todos esses locais existem formas de vida.
            É claro que cada tipo de ambiente da biosfera apresenta condições abióticas específicas, propiciando a vida de comunidades diferentes e formando, assim, ecossistemas diferenciados.
A vida nos mares

             A salinidade, a temperatura e a luminosidade são fatores importantes para a distribuição da vida no ambiente marinho.
            Nas águas dos mares, que cobrem mais de 70% da superfície do globo terrestre, encontramos várias substâncias químicas dissolvidas. A principal delas é o cloreto de sódio ou sal comum.
             O conteúdo de sais dissolvidos na água do mar determina sua salinidade, que pode variar muito, dependendo da quantidade de água doce proveniente dos rios que ali desembocam e do grau de evaporação da água.
             As radiações solares que chegam até o planeta produzem efeitos de luz e calor sobre os mares. Esses efeitos variam com a profundidade: quanto mais profundas forem as regiões do mar, menos luz e calor elas recebem. Por causa disso, surgem regiões muito diferentes, que tornam possível a existência de uma grande variedade de seres vivos. Podemos assim observar três regiões distintas: eufótica, disfótica e afótica.
             Zona eufótica - Região de grande luminosidade, que vai até aproximadamente oitenta metros de profundidade. Aí a luz penetra com grande intensidade, possibilitando um ambiente favorável à vida de organismos fotossintetizantes, como as algas, e muitos animais que se alimentam delas.
            Zona disfótica - Região em que a luz apresenta dificuldade de penetrar, tornando-se difusa. Esta região vai até cerca de duzentos metros de profundidade e também abriga organismos fotossintetizantes, embora em proporção menor que a da zona eufótica.
              Zona afótica - Região totalmente escura, que vai além dos duzentos metros de profundidade. Aí não é possível a existência de animais herbívoros.
As comunidades dos seres vivos marinhos
            Dependendo do modo como se locomovem, os seres vivos marinhos são classificados em três grupos distintos: plâncton, nécton e bentos.
           Flâncton - O plâncton representa o conjunto de todos os seres vivos flutuantes que são levados pelas correntezas marinhas. Eles não possuem órgãos de locomoção e, quando os têm, são rudimentares. Existem duas categorias de seres planctônicos: o fitoplâncton e o zooplâncton.
  •  Fitoplâncton – É constituído pelos produtores, ou seja, os seres autotróficos, que desempenham um grande papel nas cadeias alimentares marinhas. As algas são os principais representantes dessa categoria.
  •  Zooplâncton – É constituído por organismos heterotróficos, como microcrustáceos, larvas de peixes, protozoários, insetos, pequenos anelídeos e até caravelas.
          Nécton – Compreende o conjunto dos seres que nadam livremente, deslocando-se por atividade própria, vencendo a correnteza. O nécton abrange peixes (tubarões, robalos, tainhas, sardinhas, etc.), répteis, como a tartaruga, e inúmeros mamíferos (baleia, focas, golfinhos, etc.), entre outros animais.
          Bentos – São o conjunto de seres que vivem fixos ou se arrastam no fundo do mar. Enfim, são os seres que pouco se afastam do fundo. Muitas algas, esponjas, ouriços-do-mar, estrelas-do-amor são exemplos de representantes de seres bentônicos.
A grande cadeia alimentar marinha
            Toda a vida no mar depende da atividade fotossintetizante dos seres autróficos, principalmente das do fitoplâncton. As algas, portanto, representam o primeiro nível trófico de praticamente todas as cadeias alimentares marinhas.
            Na região iluminada vivem animais herbívoros e carnívoros, além de alguns detritívoros, isto é, que se nutrem de detritos orgânicos formados por restos de organismos mortos. As cadeias alimentares marinhas são muito diversificadas e podem começar com seres autotróficos muito pequenos, como as algas unicelulares, e terminar com animais de grande porte, como tubarões e baleias.
            Na região escura não existem seres fotossintetizantes e animais herbívoros. Os peixes abissais, por exemplo, que vivem em grandes profundidades, são detritívoros ou carnívoros e têm adaptações especiais para a vida nesse ambiente.
A vida nas águas continentais
             As águas existentes nos continentes, rios, lagos e pântanos são denominadas águas continentais. Elas representam menos que 3% da massa de água existente no planeta. Sua  temperatura varia mais que a da água dos mares e sua composição depende do tipo de solo que as suporta. O teor de salinidade é baixo e a penetração de luz é pequena.
             Rios, lagos e pântanos diferem entre si pela movimentação das águas. Nos rios, as águas estão em constante mistura por causa das correntezas; nos lagos e pântanos, elas estão praticamente paradas. Considerando esse conjunto, pode-se afirmar que esses ecossistemas abrigam uma considerável diversidade de vida, que inclui algas e outros tipos de plantas, peixes, anfíbios, répteis, moluscos, anelídeos e outros animais.
             Em geral, os ecossistemas de água parada produzem, através dos organismos fotossintetizantes que abrigam, o alimento necessário para a sua manutenção. Os ecossistemas de água corrente, por sua vez, são relativamente pobres em fitoplâncton. Assim, uma parte da matéria orgânica necessária para a sobrevivência dos animais que neles existem é importada dos ecossistemas terrestres vizinhos.
           Infelizmente, os ecossistemas aquáticos são vítimas constantes de inúmeros resíduos originados pelos diversos tipos de atividade humana. Recebem diariamente toneladas de lixo e de esgoto doméstico, agrotóxicos, metais pesados, detergentes, etc. Alguns dos nossos rios, como o Tietê, estão enquadrados entre os mais dramáticos exemplos de poluição aquática no planeta.

Mangues, berçários da natureza
             Os mangues – ambiente típico dos litorais tropicais são verdadeiros pontos de ligação entre o ambiente marinho, o de água doce e o terrestre.
             Situam-se na região denominada entremarés, que se localiza entre o ponto mais alto da maré alta e o ponto mais baixo da maré baixa. Nessa região ocorre uma intensa deposição de detritos e sedimentos que, misturados à água doce e salgada, juntam-se à argila, formando um solo lamacento.
             O solo dos mangues é pantanoso e movediço e possui pouco oxigênio e alta salinidade; abriga, então, plantas halófitas (que se desenvolvem em terrenos salgados), como o mangue-vermelho, com raízes-escoras ou suportes, que promovem uma eficiente fixação da planta no solo. Outra planta típica dos mangues é a Avicenia tomentosa, planta arbórea que possui raízes respiratórias; partindo da raiz principal da planta e crescendo para cima, essas raízes emergem do solo e coletam o oxigênio atmosférico, compensando o baixo teor de oxigênio do solo.
             A fauna dos manguezais inclui animais como peixes, crustáceos, moluscos e aves diversas, entre outros. Você já sentiu o cheiro que se desprende de um mangue, aquele cheiro desagradável de ovo podre? Ele é produzido pelo gás sulfídrico, que resulta da ação de bactérias na decomposição de restos de animais e vegetais mortos, trazidos pelos rios e pelo mar. Essa ação decompositora das bactérias torna os mangues ricos em nutrientes. Ali muitas espécies de peixes, crustáceos e aves aquáticas vêm abrigar-se e reproduzir-se. Além da alimentação em abundância, os filhotes encontram proteção contra predadores entre as raízes das plantas e nas águas escuras. Por isso os mangues são considerados berçários da natureza.
A vida nas florestas
            As florestas constituem formações vegetais em que se encontra uma quantidade enorme de nutrientes e uma diversidade muito grande de formas de vida.
           Quando estudamos as florestas, um dos fatores importantes a considerar é sua estratificação, ou seja, a distribuição vertical dos vegetais. Na parte mais baixa, junto ao solo, temos a vegetação herbácea, seguindo-se a arbustiva e, finalmente, a arbórea.
          Como as florestas ocupam lugares de temperaturas e climas muito diferentes, que vão desde regiões quentes e úmidas até regiões frias e secas, a sua vegetação difere bastante de um lugar para o outro. Assim, podemos distinguir três tipos básicos de floresta:
·  Floresta de coníferas;
·  Floresta decídua temperada;
·  Floresta úmida tropical.
Floresta de coníferas do hemisfério norte
           A floresta de coníferas do hemisfério norte, também denominada taiga, estende-se pelo norte da Europa, Alasca, Canadá e Sibéria.
          Sua vegetação é constituída predominantemente de gimnospermas do grupo das coníferas, como os pinheiros. As coníferas não perdem as folhas durante o inverno. As folhas revestidas com cera e de pequena superfície (finas e compridas) contribuem com a redução de água por transpiração e constituem uma adaptação dessas plantas na defesa contra a insignificante absorção de água no inverno rigoroso, já que, nessas condições, a maior parte da água fica congelada no solo. Por isso, as florestas de coníferas estão sempre verdes.
          A vegetação rasteira é pouco desenvolvida e formada por algumas ervas, samambaias e musgos. Isto se deve à pouca quantidade de luz que chega ao solo, pois a copa das árvores forma uma cobertura que filtra os raios luminosos do sol. Alguns tipos de fungo desenvolvem-se sobre as folhas e os ramos que caem ao solo.
          A fauna é constituída de alces, ursos pardos, lobos, martas, linces, esquilos, raposas e diversas aves, entre outros animais.
         As aves que habitam essas florestas geralmente alimentam-se de sementes das coníferas. É o caso do cruza-bicho, que graças ao seu bico curvo e de pontas cruzadas, consegue cortar as pinhas e abrir as sementes.
Floresta decídua temperada
         Esta floresta tem uma característica marcante: as várias espécies de árvores que a constituem perdem suas folhas no final do outono, o que impede que elas se desidratem. Por isso, recebem o nome de florestas decididas.
         O termo temperado aplicado a esta floresta deve-se ao fato de ela ocupar as regiões de clima temperado quase toda Europa, parte da América do Norte, o Japão e a Austrália. Nessas regiões, as quatro estações são bem marcadas, com verões quentes e invernos rigorosos.
         As árvores mais comuns são os carvalhos, as castanheiras, as magnólias e as nogueiras. A vegetação herbácea e a arbustiva tendem a ser bem desenvolvidas.
         A fauna é diversificada, com animais herbívoros, como esquilos, lebres, coelhos e veados. Os animais carnívoros mais freqüentes são os lobos, linces, texugos e doninhas.
         A floresta decídua é ainda muito rica em insetos, pássaros, répteis e anfíbios.
Floresta úmida tropical
         A floresta úmida tropical localiza-se entre os trópicos e o Equador. São as florestas de numerosas ilhas do oceano Pacífico, da América do Sul, América Central, África e de regiões da Ásia. Exemplo: floresta Amazônica.
         Com vegetação exuberante e grande diversidade de espécies tanto vegetais quanto animais, esta floresta apresenta inúmeras e complexas relações entre os seres vivos.
         Nas regiões de florestas úmidas tropicais, o índice de chuvas é alto e as temperaturas são elevadas. Como a vegetação arbórea é muito densa, a luminosidade em seu interior é muito pequena.
         A altura das árvores varia muito. As copas das mais altas formam uma camada que recebe toda a luz do sol. Logo abaixo ficam as copas das árvores de menor porte e que recebem os raios solares que conseguiram passar pelas mais altas. Em seguida vêm as copas do arbustos. A medida que nos aproximamos do solo, a quantidade de luz torna-se escassa, mas a vegetação rasteira é geralmente variada.
         Entre as espécies vegetais existentes nessas matas, encontramos os ipês, as seringueiras, os jacarandás, os jatobás, os guapuruvus e as canelas. Nos troncos das árvores desenvolve-se grande número de trepadeiras e epífitas, como orquídeas, bromélias e samambaias, além de musgos e liquens.
         A fauna é muito rica e variada. Muitos animais são arborícolas, ou seja, vivem nos galhos das árvores. É o caso de macacos, preguiças, lagartos, cobras, pererecas, roedores e morcegos, além de vários pássaros como papagaios, araras, beija-flores, pica-paus, etc.
         As populações de insetos são muito variadas: mosquitos, formigas, borboletas, etc. No solo vivem muitos seres, como porcos-do-mato, as antas, além de aves, répteis, moluscos, vermes, aracnídeos e decompositores, como bactérias e fungos. Estes últimos seres têm um papel fundamental na vida dessa floresta. Eles decompõem folhas e galhos que caem das árvores, assim como os restos animais que vão se depositando no chão, transformando-os em matéria inorgânica, que é devolvida ao solo. Assim reinicia-se o ciclo da matéria nesse complexo e surpreendente ecossistema.
Campos, ecossistemas em que as gramíneas predominam
         Os campos são ecossistemas formados por uma vegetação predominantemente rasteira, constituída basicamente de gramíneas. Podem também abrigar vegetais arbustivos e arbóreos.
         Os campos recebem várias denominações, como cerrado (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, etc.), estepe (Rússia), pradaria (Estados Unidos), savana (África), etc.
         Alguns campos são “limpos”, isto é, possuem uma forte predominância de gramíneas; é o caso dos pampas sulinos, que oferecem excelentes condições para a criação de gado. Outros campos, como os cerrados brasileiros e as savanas africanas, são “sujos”, isto é, além de gramíneas, abrigam inúmeras árvores espaçadas e um considerável número de plantas herbáceas.
         A fauna dos campos é variável, conforme o tipo considerado. De maneira geral, abrigam mamíferos de alta velocidade: leopardos, antílopes, zebras e girafas, nas savanas africanas; antílopes, búfalos e coiotes, nas pradarias americanas. Além dos mamíferos, a fauna dos campos inclui aves diversas (gaviões, corujas, etc.), inúmeros répteis, insetos, etc.
A sobrevivência nos desertos
         Os desertos são encontrados na África, na Ásia, na Austrália do Norte e na América do Sul. O maior deles é o deserto do Saara (África).
         Nos desertos, o solo é árido e as chuvas são muito escassas. O grande fator ambiental que limita a vida animal e vegetal nesses ecossistemas é a água. A vegetação é pobre e pode ser formada principalmente de cactáceas.
         A fauna dos desertos varia de um tipo para outro. De maneira geral, é constituída de insetos (grilos, besouros, cupins-de-areia, etc.), répteis (lagartos e cobras) e mamíferos (ratos, gazelas, raposas, coiotes, camelos, etc.), entre outros animais.
         Durante o dia, a temperatura desses ambientes pode chegar a 50 ºC. Essas regiões podem ficar sem chuva durante anos. No deserto do Saara, por exemplo, há registros de períodos sem chuva por mais de dez anos em determinados locais.
         Veja alguns exemplos de adaptações para a vida nos desertos:
         As plantas suculentas, como os cactos, armazenam água no caule e suas raízes são muito espalhadas permitindo a exploração de uma área maior do solo. Muitos vegetais que se desenvolvem nessa região possuem ramos verdes ou folhas minúsculas que caem quando a água começa a faltar, evitando a evaporação. Além disso, suas folhas possuem uma espessa cutícula que reduz as perdas de água por transpiração.
         Os animais, por sua vez, alimentam-se de plantas suculentas nas quais encontram, ao mesmo tempo, nutrientes e água.
         Muitos animais enterram-se na areia durante o dia refugiando-se do calor excessivo, pois a dez  ou vinte centímetros de profundidade, a temperatura da areia se reduz a menos da metade da temperatura da superfície. Muitos animais têm apenas hábitos noturnos. Outras características que permitem a vida dos animais no deserto incluem a formação de urina e de fezes concentradas, a escassez ou ausência de glândulas sudoríparas, etc.
Tundra, um ecossistema muito frio
         No pólo norte e seus arredores há apenas duas estações durante o ano: um longo inverno, que dura cerca de nove meses, e um curto verão, com duração de cerca de três meses.
         Essa região dispõe de pouca luminosidade, fato que limita o desenvolvimento de uma vegetação exuberante. No verão, desenvolve-se uma vegetação rasteira, composta predominantemente por musgos e liquens, que recebe o nome de tundra.
         Essas  plantas servem de alimento a animais herbívoros como a rena, o boi almiscarado, os lemingues e as lebres árticas, que, por sua vez, nutrem carnívoros como o lobo ártico, o urso polar, a raposa-ártica e a coruja-das-neves.
         No inverno, a vegetação praticamente desaparece, o que provoca a migração de muitos animais para outras áreas, em busca de melhores condições de vida. É o caso, por exemplo, da raposa e da coruja-das-neves, que procuram regiões mais quentes, onde é mais fácil encontrar pequenos animais que lhes sirvam de alimento.
         Mas os lemingues permanecem na tundra, mesmo no inverno rigoroso. Esses pequenos roedores não hibernam nem armazenam reservas alimentares para o inverno. Eles vivem em galerias que cavam no gelo e alimentam-se dos tipos de liquens, musgos e outros vegetais que conseguem sobreviver no inverno.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Um pouco mais sobre o nosso planeta

O Planeta Terra

A Terra, o terceiro planeta da Via Láctea, reúne condições únicas para a existência de vida, como a presença da atmosfera e da água em estado líquido.

A presença da atmosfera e de água em estado líquido são alguns dos fatores que possibilitaram a formação de vida no Planeta Terra
A presença da atmosfera e de água em estado líquido são alguns dos fatores que possibilitaram a formação de vida no Planeta Terra
planeta Terra é o terceiro planeta da Via Láctea, nosso sistema solar. Tomando o Sol como referência, essa distância, de aproximadamente 150.000.000 km, representou uma série de conjunturas favoráveis para a formação de vida no planeta. Neste caso, a quantidade de radiação solar que chega até a atmosfera e à superfície do planeta acabou permanecendo em níveis satisfatórios, sendo regulados também pela camada de gases que envolvem a Terra conhecida como atmosfera.
atmosfera é formada principalmente por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), possuindo uma extensão de até 1.000 km em relação à superfície. Nessa camada acontecem reações entre a radiação eletromagnética e os gases em questão, e dessas interações resulta o calor que realmente alcança a superfície dos continentes e dos mares e oceanos. O equilíbrio térmico também é fornecido pela atmosfera, que impede que o planeta tenha uma temperatura absurdamente quente durante o dia e resfriamento acentuado durante a noite. O vapor d’água e os gases-estufa, como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2), ozônio (O3), clorofluorcarbonos (CFCs) e hidrofluorcarbonetos (HFCs), são capazes de manter na baixa troposfera parte do calor irradiado pela superfície. É o efeito estufa natural, que atualmente divide opiniões quando se trata das alterações climáticas promovidas pela humanidade, que poderiam potencializar esse fenômeno natural.
As plantas utilizam esse calor para realizar a fotossíntese e durante o processo de evapotranspiração as espécies vegetais convertem a radiação solar em calor latente. O calor ativa o ciclo hidrológico, promovendo o escoamento da água dos rios em direção aos mares e oceanos, formando as chuvas e fornecendo umidade. O ciclo da água é o que diferencia a Terra dos outros planetas do sistema solar. Qualquer indício de água em outros planetas, nem que esteja congelada e em pequenas quantidades, é o primeiro indicador para comprovar que nesse planeta ocorre ou ocorreram condições favoráveis à vida como nós conhecemos. A água é um dos principais elementos responsáveis para o efeito estufa, além de ser, evidentemente, essencial para todas as formas de vida. Além de todas essas qualidades, a água é um poderoso agente erosivo, contribuindo para esculpir o relevo terrestre.
A formação do planeta tem a data aproximada de 4,5 bilhões de anos, quando a sua massa incandescente começou a resfriar-se, criando as primeiras rochas. Em sua estrutura geológica, podemos dizer que a superfície da Terra é relativamente jovem, com pouco mais de 500 milhões de anos de consolidação e alguns poucos fragmentos, chamados crátons, que datam de períodos anteriores. Podemos dividir o planeta em três camadas: núcleo, manto e litosfera. O núcleo é composto basicamente por ferro e níquel, por isso é conhecido como NIFE, sendo dividido em núcleo interno, sólido; e núcleo externo, fluido. O ferro e o níquel em formato pastoso se movimentam ao redor do núcleo interno, produzindo descargas elétricas que determinam o campo eletromagnético da Terra, que protege o planeta da entrada direta da radiação cósmica emitida pelo Sol.  As temperaturas do núcleo podem alcançar temperaturas próximas a 5.000° C, propagando-se pelo manto e fazendo com que todo o material pastoso, conhecido como magma, ative o movimento das placas tectônicas no limite entre o manto e a litosfera, conhecida como astenosfera.
A litosfera ou crosta terrestre é a camada mais superficial da Terra, onde está localizada a superfície do planeta Terra. A movimentação das placas tectônicas provoca dobras e falhas na superfície das regiões que estão localizadas nos contatos entre as placas tectônicas. Esse relevo permanece instável e tem como tendência o soerguimento. Já as formas de relevo que estão estáveis e distantes dos contatos entre as placas estão sujeitas ao desgaste pelos processos de intemperismo e erosão.
A Terra possui apenas um satélite natural, a Lua. Devido aos efeitos gravitacionais entre a Terra e a Lua, as marés possuem ciclos de movimentação, que podem ser previstos e utilizados para atividades como pesca e navegação. Outra influência dos efeitos gravitacionais é o sincronismo entre a rotação da Terra e da Lua, e é por isso que quando observamos a Lua, sempre olhamos para a mesma face. O lado oculto da Lua é chamado de “Lado negro da Lua”, mas não é a maneira correta de denominá-lo, pois não significa que essa face não receba luz solar. Na verdade, o tempo da rotação em torno do seu próprio eixo e da órbita da Lua em relação à Terra é igual e, portanto, em qualquer horário do dia, a face voltada para a Terra é a mesma.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A vida e o campo magnético da terra.

O Campo Magnético da Terra

A hipótese mais aceita diz que o campo magnético da Terra se origina das intensas correntes elétricas que circulam em seu interior.

O campo magnético terrestre impede que diversas partículas de radiações cheguem à superfície da Terra


É sabido que o Sol é a estrela do nosso sistema solar. Sabemos também que ele emite milhões de partículas por segundo para todas as direções do espaço. Percebemos essas radiações eletromagnéticas, também chamadas de ventos solares, em forma de calor e luz.

A quantidade de radiação que chega até a Terra é menor por conta da proteção exercida pelo campo magnético terrestre. O campo magnético da Terra interage com as radiações eletromagnéticas fazendo com que elas sejam freadas e também atua desviando-as de sua trajetória inicial. Por esse motivo é que podemos dizer que a Terra se comporta como um ímã gigante.

O primeiro a afirmar que a Terra se comportava como um ímã gigante foi o cientista Willian Gilbert. Uma simples experiência pode comprovar esse comportamento da Terra. Tal experiência consistiu na colocação de um ímã suspenso livremente pelo seu centro de gravidade na superfície da Terra. Nesta experiência, repetida diversas vezes, verificou que o ímã sempre se orientava na direção norte-sul, com isso concluíram que realmente a Terra se comportava como um ímã.

Mas onde estão localizados os polos magnéticos norte e sul da Terra?

Como podemos observar na imagem acima, os polos magnéticos estão localizados nos extremos do eixo magnético e próximos aos polos geográficos, isto é, o polo sul magnético está próximo do norte geográfico e o polo norte magnético está próximo do sul geográfico. É importante lembrar que o eixo magnético não coincide com o eixo de rotação da Terra, sendo estes separados por aproximadamente 13º.

Ainda não temos uma explicação correta para a origem do campo magnético terrestre, mas a hipótese mais aceita diz que o campo magnético terrestre se origina das intensas correntes elétricas que circulam seu interior e não da existência de grande quantidade de ferro magnetizado também em seu interior.



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Origem da Vida na Terra

Origem da vida na Terra pode estar no espaço

Estudo mostra que moléculas essenciais para o surgimento da vida podem ter se formado na superfície de cometas e chegado à Terra por meio deles

Juliana Santos
Cometa
Cometas e meteoritos podem ter 'adubado' o planeta para o surgimento da vida (Thinkstock)
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade do Havaí em Manoa sugere que moléculas complexas, que deram origem à vida, podem ter chegado à Terra através de cometas ou meteoritos. Os resultados serão publicados no periódico The Astrophysical Journal no dia 10 de março.

Conheça a pesquisa

ONDE FOI DIVULGADA: periódico The Astrophysical Journal 
QUEM FEZ: R. I. Kaiser, A. M. Stockton, Y. S. Kim, E. C. Jensen e R. A. Mathies
INSTITUIÇÃO: Universidade da Califórnia em Berkeley e Universidade do Havaí em Manoa
RESULTADO: Moléculas orgânicas complexas, como dipeptídeos, que são essenciais para o surgimento da vida, podem ter ser originado na superfície de cometas e meteoritos e ter sido trazidos para a Terra por eles.
O experimento mostrou que as condições do espaço eram capazes de criar dipeptídeos (par de aminoácidos interligados), essenciais para a formação de proteínas, enzimas e moléculas mais complexas, que são necessárias à vida.
Apesar de os cientistas já terem descoberto moléculas orgânicas mais simples, como aminoácidos, em meteoritos que caíram na Terra, até hoje não foram encontradas estruturas mais complexas. Por essa razão, a teoria mais aceita é a de que a "química da vida" teria se originado nos oceanos primitivos do planeta.
Experimento – Em uma câmara de vácuo, com temperatura de dez graus kelvin (-263ºC) acima do zero absoluto (menor temperatura possível, equivalente a -273,15 ° Celsius), os pesquisadores reproduziram a camada de gelo que recobre a superfície dos cometas, incluindo dióxido de carbono, amônia e hidrocarbonetos como metano, etano e propano (compostos de carbono e hidrogênio). Quanto atingidos por elétrons de alta carga energética, para simular os raios cósmicos no espaço, os compostos químicos reagiram e formaram compostos orgânicos complexos.


Os resíduos formados foram analisados em laboratório por um instrumento ultrassensível de detecção de moléculas orgânicas no sistema solar, que encontrou nove aminoácidos diferentes e dois dipeptídeos. Para os autores, essas moléculas poderiam ter chegado à Terra por meteoritos e cometas, originando a vida como conhecemos hoje.