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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vida na Terra

  1. Condições que permitem a existência de vida naTerra
    A Terra é o único corpo celeste em que se sabe existirem seres vivos. Segundo os cientistas são certas condições particulares do planeta que permitem a existência de vida.
    A massa e a distância da Terra ao Sol, não só criam condições de vida, mas também geram fenómenos geológicos externos e internos muito diversificados, que conduzem ao desenvolvimento de uma série de ambientes muito variados que sustentam uma enorme diversidade de formas de vida, contribuindo estas também, activamente, para a manutenção desse ambiente de vida.

    As duas características principais da Terra, que determinam as diversas condições para a existência de vida, são a sua massa moderada e a distância a que se encontra do Sol.

    É a massa da Terra, nem muito grande nem muito pequena, que lhe permite, por um lado, ter uma atmosfera, que ficou presa pela gravidade, e por outro, produzir no seu interior uma quantidade de energia que lhe permite ser um planeta com uma grande dinâmica interna, a partir da qual se geram sismos e vulcões, se formam montanhas e se movem os continentes, entre outros fenómenos geológicos.

    Às condições referidas junta-se o efeito da distância da Terra ao Sol. A distância de cerca de 150 milhões de quilómetros faz com que a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria. O nosso planeta localiza-se numa "zona de vida" do Sistema Solar onde a água pode existir no estado líquido. Esta água líquida permitiu a origem e evolução da vida e ainda é, actualmente, o garante da vida na Terra, sendo o principal constituinte dos seres vivos.

    Às condições referidas junta-se o efeito da distância da Terra ao Sol. A distância de cerca de 150 milhões de quilómetros faz com que a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria. O nosso planeta localiza-se numa "zona de vida" do Sistema Solar onde a água pode existir no estado líquido. Esta água líquida permitiu a origem e evolução da vida e ainda é, actualmente, o garante da vida na Terra, sendo o principal constituinte dos seres vivos.
    A água no estado líquido ajuda a manter a temperatura média à superfície da Terra em valores moderados, pois retira dióxido de carbono da atmosfera para a formação de rochas como o calcário.

    O dióxido de carbono, em valores moderados, faz a atmosfera funcionar como um "cobertor" mantendo o planeta relativamente quente, quer de dia quer de noite. Sem este efeito a Terra seria muito mais fria e, provavelmente, os oceanos congelariam.

    Por outro lado, se existisse tanto dióxido de carbono na nossa atmosfera como em Vénus, provavelmente a temperatura da Terra seria de centenas de ºC.

    Assim, a massa da Terra aliada à sua distância ao Sol permitem a existência de água no estado líquido e esta a manutenção de temperaturas compatíveis com a vida... a ligação entre vida e água é tão profunda que... "viemos" da água e a maior parte do nosso organismo é água. 
    Curiosidade:
    Estamos constantemente a ouvir falar do efeito de estufa como algo de perigoso e relacionado com a poluição devida à queima dos combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, que liberta grandes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera, gás que se torna responsável pelo aquecimento da Terra.

    Contudo o dióxido de carbono, em valores moderados gera um efeito de estufa ligeiro que faz a atmosfera funcionar como um "cobertor" que mantém o nosso planeta relativamente quente, o que é indispensável à vida. Trata-se, portanto, de um "bom" efeito de estufa.

    Já em Vénus, podemos observar o "mau" efeito de estufa. A maior parte da atmosfera de Vénus é formada por dióxido de carbono (CO2) – cerca de 95%, algum azoto, vapor de água e ácidos como o sulfúrico e o clorídrico.
    É tão densa e volumosa que é extremamente difícil de observar, mesmo pelas sondas espaciais aí enviadas, como a Magalhães e a Pioneer. Tanto CO2 associado à sua proximidade ao Sol gera um efeito de estufa que determina a existência de temperaturas de cerca de 500 °C junto ao solo… Irrespirável e insuportável!
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  2. 22

    Aqui trataremos de algumas curiosidades sobre o nosso planeta. Como por exemplo, as raras condições que propiciam a existência de vida em nosso planeta e também como é rara a combinações de fatores que a permitem.

De onde veio a água da terra?


Água da Terra veio do Cinturão de Asteroides, indica estudo



O Sistema Solar nasceu em uma nebulosa - e acredita-se que nossa água se formou nessas condições Foto: JPL/Nasa /  Divulgação
O Sistema Solar nasceu em uma nebulosa - e acredita-se que nossa água se formou nessas condições
Foto: JPL/Nasa / Divulgação

Muitos cientistas acreditam que a água que veio parar na Terra foi formada nos confins do Sistema Solar, além de Netuno. Contudo, um estudo divulgado nesta quinta-feira e que será publicado amanhã na Science indica que a substância veio de um região muito mais próxima - o Cinturão de Asteroides (entre Marte e Júpiter) - através de meteoritos e asteroides, o que contradiz algumas das principais teorias sobre a evolução do Sistema Solar.
Pesquisadores afirmam que nosso planeta era quente demais nos seus primórdios para ter água (temperatura seria tão alta que as moléculas teriam sido "expulsas para o espaço") e, portanto, a substância deve ter vindo de fora. Uma das hipóteses afirma que ela se formou na região transneptuniana (que fica além de Netuno, o último planeta conhecido do sistema) e depois se moveu para mais perto do Sol, junto com cometas, meteoritos e asteroides. Contudo, é possível saber a distância em que as moléculas de água se formaram em relação ao Sol ao analisar os isótopos de hidrogênio presentes. Quanto mais longe da estrela, haverá menos radiação e, portanto, mais deutério (o átomo de hidrogênio "pesado", que tem um próton, um nêutron e um elétron, ao contrário do mais comum, que tem apenas um próton e um elétron).
O novo estudo comparou a presença de deutério no gelo trazido por condritos (um tipo de meteorito) e indicou que ela foi formada muito mais próxima de nós, no Cinturão de Asteroides (esses meteoritos não contêm mais água, mas a substância fica registrada através de um tipo de mineral chamado de silicato hidratado, e é o hidrogênio presente nele que é investigado). Além disso, comparando com os isótopos de cometas, a pesquisa indica que esses corpos se formaram em regiões diferentes dos asteroides e meteoritos e, portanto, não atuaram na origem da água no nosso planeta.
"Dois modelos dinâmicos têm os cometas e os meteoritos condritos se formando na mesma região, e alguns destes objetos devem ter sido injetados na região em que a Terra se formava. Contudo, a composição da água de cometa é inconsistente com nossos dados de meteoritos condritos. O que realmente deixa apenas os asteroides como fonte da água na Terra", diz Conel Alexander, do Instituto Carnegie, líder do estudo.
Debate reacendido
Em 2011, a hipótese de que os cometas tiveram pouca importância na origem da água na Terra já estava com pouca força. Mas um estudo divulgado na revista Nature usou o telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), para descobrir que a composição do cometa Hartley 2 tem uma quantidade de deutérios similar à encontrada no oceano. Foi o primeiro cometa com essa composição, já que outros seis analisados anteriormente tinham uma quantidade de deutério muito diferente dos mares da Terra.
Contudo, o novo estudo também refuta essa possibilidade. Segundo os pesquisadores, o cometa não traz apenas água, mas também outras substâncias (inclusive orgânicas) que contêm hidrogênio. E a quantidade de deutério presente nos cometas ainda fica acima daquela observada no nosso planeta, o que impede que esses corpos sejam considerados como uma importante fonte de água.
"A recente medição do cometa Hartley 2 tem uma composição isotópica de hidrogênio parecida com a da Terra, mas nós argumentamos que todo o cometa, incluindo a matéria orgânica, é provavelmente rica demais em deutério para ser uma fonte da água da Terra", diz Alexander.
Sobram duas possíveis fontes, que devem ter atuado juntas: rochas do Cinturão de Asteroides e gases (hidrogênio e o oxigênio) que existiam na nebulosa na qual o Sistema Solar se formou. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto Carnegie (EUA), Universidade da Cidade de Nova York, Museu de História Natural de Londres e da Universidade de Alberta, no Canadá.